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A diferença entre setor, linha de produção e posto de trabalho

27 de outubro de 2020Por Debora Dengo0

Quando trabalhamos com ergonomia, é primordial entender a diferença entre setor, linha de produção e posto de trabalho. Ao realizar a coleta em uma empresa e preparar um documento de análise ergonômica é importante que tudo seja estruturado de forma bem clara, para que o cliente, que geralmente é leigo no assunto, entenda facilmente o que está sendo reportado. Além disso, caso ocorra a vistoria de um fiscal do trabalho, é importante que ele consiga identificar sobre qual posto, setor ou linha de produção aquela análise se refere.

Para ficar mais fácil o entendimento, neste texto vamos abordar exemplos claros, para ajudar a esclarecer as dúvidas sobre o assunto!

Setor 

Geralmente as empresas dividem os setores por ambiente, seja com ou sem paredes. É possível dividir por produção, quando se fabrica mais de um produto ou por etapas, quando existe uma produção em massa. Essa divisão também pode ser por área. Quando falamos de um escritório, por exemplo, temos o setor de cobrança, o setor de faturamento, de teleatendimento, etc. Vale lembrar que não existe uma regra e as empresas podem fazer essa divisão da forma que quiserem. Podemos considerar o setor como algo mais abrangente, o espaço físico que engloba departamentos, postos de trabalho e funções.

Posto de trabalho

Se o setor é mais abrangente, o posto de trabalho é mais específico. Ele é o local que o funcionário ocupa para desenvolver sua função, onde ocorre uma interação entre o colaborador, seu ambiente de trabalho, os equipamentos que ele utiliza e o produto que manuseia. Questões ambientais, organizacionais e de temperatura, além do ritmo de trabalho, também fazem parte de um posto de trabalho.

Linha de produção

É a reunião de todos esses trabalhadores em um mesmo local, cada um em seu posto de trabalho, desempenhando a sua função, para a conclusão de uma tarefa.

 

Entendendo a diferença…

Agora vamos imaginar uma empresa já muito conhecida, como a Coca-Cola e analisar o setor de embalagem, ou seja, um espaço geral que engloba tudo que diz respeito ao processo de embalagem dos produtos. Vamos supor que neste setor exista uma esteira, onde passam os produtos já fabricados. Em cada ponto dessa esteira temos um funcionário,  que é responsável por embalar o produto que passa por ele. O espaço destinado para esse funcionário é o seu posto de trabalho. Já a linha de produção é a reunião de todos os funcionários que trabalham juntos naquela esteira.

Neste exemplo todos têm um posto de trabalho igual, mas é possível reunir em um mesmo setor postos de trabalho e linhas de produção diferentes; dois colaboradores utilizando o mesmo posto de trabalho e assim por diante. No mesmo setor de embalagens podemos ter mais uma esteira onde os produtos embalados passam para serem colocados dentro da caixa para distribuição, por exemplo. Essa seria uma nova linha de produção, com novos trabalhadores em seus postos de trabalho encaixotando produtos.

Podemos considerar também o setor de produção de uma empresa de costura. Nesse espaço podemos ter uma máquina que faz costura de zíper e um funcionário que trabalha ali, operando a máquina. Esse é o posto de trabalho dele. Nesse mesmo setor podemos ter outro posto, com uma mesa e um funcionário que faz recorte dos tecidos de seda. E ainda podemos ter um terceiro posto de trabalho, com um colaborador operando uma máquina que costura os recortes de seda em determinadas peças. Assim, em um mesmo setor, reunimos diferentes postos de trabalho, com colaboradores desempenhando diferentes funções e diferentes atividades.

Como falamos, essa estruturação de setores e postos de trabalho também é utilizada em escritórios. Pense  no setor administrativo de uma companhia. Cada funcionário tem seu posto de trabalho com sua mesa, seguindo um mobiliário padrão, com computador, teclado, mouse, cadeira, etc.

Nesses casos, uma dúvida muito comum é se precisamos avaliar todos os postos de trabalho ou se devemos analisar por função ou por setor. Tudo depende da visão do ergonomista, mas geralmente se temos três profissionais com o mesmo cargo, que trabalham com o mesmo mobiliário, mesmo número de horas, seguindo as mesmas pausas, uma carga mental parecida, ou seja, mesma chefia, mesmos colegas de trabalho, mesmas tarefas, não se torna necessário avaliar os três separadamente e sim fazer uma avaliação por função, ou seja, uma análise ergonômica que represente essa função. De qualquer forma, vale lembrar que na ergonomia nada é engessado, portanto essa não é uma regra definitiva ou única, ok?

 

Ficou com alguma dúvida sobre esses três importantes termos usados na ergonomia? Me conte nos comentários!

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Por Debora Dengo

Debora Dengo é Fisioterapeuta e Ergonomista, com especialização em Auditoria e Saúde do Trabalhador. Atua há + de 12 anos com Ergonomia e em 2018 fundou a empresa Soluções Ergonômicas que realiza consultorias de Ergonomia. Possui Formação técnica e cursos na Universidade de Lisboa, EPM – International Ergonomics School e Escola Ocra Brasiliana, como: Check List Ocra, Niosh by Ocra, Ciclos Longos e Alta Precisão e MAPHO. Além de domínio de todas as ABNT NBR ISO de Ergonomia e Normas Regulamentadoras Nacionais, bem como outras ferramentas tradicionais de análise de riscos ergonômicos. Hoje, além de continuar com sua consultoria de sucesso, conta também com mais de 5.000 profissionais formados com seu método, em todos os estados do Brasil e em 18 países. É criadora e coordenadora da Pós-graduação em Formação de Ergonomistas, reconhecida pelo MEC. Já ajudou milhares de profissionais a iniciarem no mercado da Ergonomia e faturarem alto na área, mesmo sem experiência. Criou o Projeto Ergo Empreendedor, que premia seus alunos com troféus enviados em casa, reconhecendo alunos que faturaram de R$10 mil a R$500 mil reais com Ergonomia. Para conhecer os cursos, entre em contato com nossa equipe pelo whatsapp clicando no botão ao lado

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© 2020 Soluções Ergonômicas – CNPJ: 30.031.016/0001-22

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