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ATUALIZAÇÕES DO MERCADO DE TRABALHO NA ERGONOMIA

25 de fevereiro de 2021Por Debora Dengo0

Desde março de 2020, com a chegada da pandemia do coronavírus, nos vimos obrigados a adaptar nossa rotina profissional de várias formas. Tantas mudanças e incertezas no cenário do país podem, é claro, gerar uma certa insegurança, mas devemos lembrar que tudo passa, mesmo que seja uma grande crise. Porém, é importante estarmos preparados para o futuro e para as mudanças que virão com essa nova realidade, principalmente quando falamos do trabalho do profissional de ergonomia, que lida com pessoas e qualidade de vida.

Por mais que todos esses meses tenham revelado cenários desafiadores, vale lembrar que muitas vezes é assim que conhecemos novas oportunidades. Enquanto muitas empresas suspenderam alguns contratos, outras justamente conseguiram pôr projetos em prática, pois seus funcionários estavam de home office. Ou seja, ao mesmo tempo que muitas demandas pausaram, também tivemos outras aparecendo, como treinamentos e ginástica laboral online, instruções para a adequação do trabalho em home office, fiscalizações em empresas, principalmente as alimentícias, etc.

Por isso é importante que o profissional de ergonomia esteja atento a essas mudanças e novas necessidades e saiba também se adaptar constantemente. Pensando nisso, separamos abaixo algumas atualizações e dicas que vale ficar atento e acompanhar:

 

NR 17 

A proposta de texto da nova NR 17 ainda não foi publicada oficialmente, portanto é importante não se antecipar por ansiedade. Espere que ela seja validada e consolidada oficialmente para começar  a se atualizar, afinal até lá podemos ter mudanças e você pode acabar gastando tempo e dinheiro à toa. Mas vale a pena a leitura e o entendimento da proposta do novo texto da norma para você já ir entendendo onde foram as principais mudanças.

Nova NR-1

A nova NR-1 já foi publicada oficialmente e entrará em vigor em agosto de 2021. Nesse caso é importante sim se atualizar em relação às mudanças.

Na nova NR-1 temos o PGR, o Programa de Gerenciamento de Risco, que algumas pessoas acabam com medo de não entender, porém ele é simples. Resumidamente, com o PGR as empresas terão que montar um inventário de riscos ocupacionais e um plano de ação em cima desses riscos, que engloba também os riscos ergonômicos. Não foi definido um método específico para fazer o inventário, mas a Análise Ergonômica do Trabalho pode ser um caminho interessante, pois avalia todos os riscos ergonômicos e a segunda etapa do PGR engloba as propostas de melhorias e a gestão, onde a AET é muito eficaz nesse quesito também.

Mas como preparar esse inventário de riscos? O ideal é aguardar o novo texto da NR 17 para que tudo faça sentido e para que a estruturação de uma análise preliminar ou análise ergonômica seja mais assertiva. Devemos lembrar que as NRs são interligadas, então é provável que o novo texto da NR-17 nos traga um direcionamento maior sobre a preparação desse material também.

eSocial

De forma resumida, o eSocial é uma plataforma do governo criada para receber todas as informações dos trabalhadores de uma empresa em um só lugar, de forma unificada. São dados referentes à previdência, questões trabalhistas e fiscais. Além disso, as empresas devem enviar também os fatores de risco ergonômico de cada trabalhador, baseado em uma lista de 58 fatores. Com tantos novos prazos e adiamentos sofridos ao longo dos últimos meses, os eventos de envio de SST, de saúde e segurança e ergonomia, foram adiados até que, na última versão beta do layout, foram retirados.

Porém, nós acreditamos que em breve o eSocial retornará solicitando os fatores de riscos ergonômicos existentes, pois é sabido que o PPP (Perfil Profissiográfico Previdenciário) exigirá também os riscos ergonômicos no histórico do trabalhador assim que for implementado em meio digital, o que estima-se que aconteça com o advento do eSocial, e nisso, a ergonomia retornará a ser enviada.

 

ALÉM DAS LEIS E NORMAS

A verdade é que, mesmo se tivermos o pior cenário com a atualização de algumas leis, a ergonomia tem um amplo campo de atuação que não depende de normas, pois são necessidades que as empresas têm em seu dia a dia. E justamente os melhores clientes são os que te procuram sem a obrigatoriedade legal e sim por que estão verdadeiramente dispostos a investir em melhorias.

Entre as formas de atuação do profissional de ergonomia que vão além de leis e normas, temos:

1 – Estudos Ergonômicos 

Os estudos ergonômicos englobam demandas como laudos ergonômicos e análise ergonômica do trabalho. São necessidades que podem surgir caso a empresa tenha registrado alguma queixa ou esteja buscando alguma melhoria em determinado setor, por exemplo. É uma investigação para melhorar os processos. Este é um trabalho que uma empresa pode demandar a qualquer momento, independente de leis e normas. Basta que sinta a necessidade e entenda a importância.

2 – Treinamentos diversos

Existem muitos treinamentos que não são obrigatórios e mesmo assim as empresas contratam, pois são necessários para o seu dia a dia, como, por exemplo, treinamentos para regulagem de equipamentos e mobiliários de escritórios.

3 – Blitz Posturais 

Nessa demanda, o profissional de ergonomia ensina a cada trabalhador, de forma individualizada, a maneira correta de sentar e a correção de posturas, ajudando os funcionários a corrigirem seus vícios posturais.

4 – Ergonomia de concepção 

A ergonomia de concepção nos revela um enorme campo de atuação. Através dela é possível ajudar na concepção de um produto, de um posto de trabalho ou de um mobiliário, por exemplo, para que sejam ergonômicos.

5 – Demanda Judicial 

Neste caso temos os processos trabalhistas, que precisam de perito e perícia ergonômica ou assistência técnica ergonômica e também concentram muitas oportunidades de trabalho para o profissional de ergonomia.

 

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Por Debora Dengo

Debora Dengo é formada em Fisioterapia com especialização em Ergonomia, Auditoria e Saúde do Trabalhador pela Universidade Positivo, atua há 7 anos com Ergonomia e Saúde do Trabalhador em dezenas de empresas. Possui Formação técnica e cursos pela EPM – International Ergonomics School e Escola Ocra Brasiliana em Check List Ocra, Niosh by Ocra, Ciclos Longos e Alta Precisão e MAPHO. Além de outras ferramentas de análise de risco ergonômico. Tendo total domínio de todas as ABNT NBR ISO de Ergonomia e Normas Regulamentadoras de Ergonomia. Também é mentora de centenas de ergonomistas por todo o Brasil ensinando em suas mentorias como realizar Análises Ergonômicas do Trabalho nas empresas.

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© 2020 Soluções Ergonômicas – CNPJ: 30.031.016/0001-22

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