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Serviços além da Análise Ergonômica do Trabalho

4 de junho de 2021Por Debora Dengo0

Neste artigo vamos conhecer melhor os serviços que o profissional de ergonomia pode oferecer a seus clientes, indo além da Análise Ergonômica do Trabalho (AET). Vale lembrar que a AET é o principal serviço da ergonomia, a porta de entrada em muitos clientes e também o que mais bem remunera o profissional, portanto a ideia não é deixá-la em segundo plano e sim entender como é possível incrementar o seu portfólio, se tornando um profissional da ergonomia ainda mais completo. E isto é algo que você pode oferecer não só para clientes novos, mas principalmente para os que já te conhecem e já realizaram uma AET com você.

 

1 – Treinamentos de ergonomia 

Na ergonomia, temos os treinamentos obrigatórios, que são:  treinamento para manuseio manual de cargas (NR-17), treinamentos para operadores de check out (Anexo I da NR-17), treinamento para tele atendentes de call center (Anexo II da NR-17), treinamento para manuseio manual de pacientes (NR-32) e treinamento para manuseio de cargas para trabalhadores de frigoríficos e demais locais de abate e processamento de animais (NR-36).

No caso dos treinamentos obrigatórios, é importante ficar atento com a periodicidade. Por exemplo, se hoje você realizou um treinamento para uma empresa de teleatendimento, daqui há seis meses ela precisará realizá-lo novamente, então é importante ter esse controle de datas, para retornar para o cliente e lembrá-lo que é preciso fazer um novo treinamento de reciclagem. Assim, você ajuda a empresa e já oferece seu serviço. Parece algo simples, mas na correria muitos profissionais esquecem de fazer isso. É preciso nutrir seus clientes e assim poder fazer mais e mais serviços.

Existem também os treinamentos não obrigatórios. Neste caso, é importante encontrar momentos para oferecer o seu serviço, como as SIPAT’s, a Semana da Saúde, o Dia do Desafio e também datas comemorativas. Por exemplo, para uma transportadora, quando estiver próximo do dia do motorista, você pode entrar em contato e sugerir um treinamento de ergonomia no volante, para que eles dirijam com conforto e segurança. São dicas simples, mas que fazem toda a diferença na entrega dos seus serviços para esses clientes.

 

2 – Palestras de ergonomia 

Temos um universo grande de palestras em ergonomia, com temas variados como postura, mobiliário, manuseio de carga, ergonomia em casa, nas escolas, no volante, etc. Aqui, também é importante saber quando prospectar essas empresas para oferecer esse tipo de serviço, em datas como a SIPAT, Semana da Saúde e demais datas comemorativas. Também vale conhecer datas que façam sentido para a realidade de cada cliente.

 

3 – Treinamento ergonômico online para trabalho em home office 

Esta é uma demanda relativamente nova, muito motivada pela pandemia do coronavírus. Em sete anos eu só tinha feito esse tipo de treinamento duas vezes, porém desde que começou a quarentena eu já realizei onze. Quando as empresas decretaram home office para seus funcionários, tudo começou no improviso, sem muito planejamento. Porém, depois de alguns meses, começaram a surgir as queixas como dor nas costas e pescoço, dor de cabeça, excesso de trabalho, dor no punho, etc. Hoje vemos que não é simples adaptar a casa do colaborador para o trabalho remoto, assim vemos surgir muitas demandas para esse tipo de treinamento. Atualmente, além de empresas, muitas pessoas físicas, como profissionais autônomos, também nos contratam com essa necessidade.

 

4 – Blitz postural 

A blitz postural pode ser considerada um mini treinamento ergonômico individual, sendo realizada de forma presencial ou online. O profissional de ergonomia vai posto a posto de trabalho, com cada funcionário e dá dicas de postura, regulagens de mobiliário de acordo com a antropometria, regulagem de monitor, correção no manuseio de carga, etc.

Em uma única empresa eu já fiz 200 blitz posturais, de 15 minutos cada uma, indo a cada posto de trabalho, conversando com os colaboradores, entendendo a antropometria, regulando cada mobiliário e explicando como ele poderia fazer essa adequação sozinho.

 

5 – Assistência Técnica para Perícias Trabalhistas

Vamos tomar como exemplo um funcionário que possui hérnia de disco e decide processar a empresa em que trabalhava, pois alega que a lesão se desenvolveu devido às atividades que desempenhava.

Sempre que uma empresa sofre uma ação trabalhista, ela busca contratar um assistente técnico, com ênfase em ergonomia, para realizar um levantamento de tudo de benéfico que a empresa possui, para tentar atenuar a situação ou auxiliar na comprovação de que não foi desenvolvido o problema na empresa.

O contrário também ocorre. O trabalhador que está movendo a ação pode optar por contratar um assistente técnico para mostrar as falhas e problemas da empresa, o que pode ajudá-lo no processo. Esse também é um serviço que o profissional da ergonomia pode oferecer.

 

6 – Ser perito em perícias ergonômicas 

Vamos imaginar a mesma ação acima, onde o trabalhador está processando a empresa pela lesão que desenvolveu. O juiz do trabalho geralmente nomeia um perito em ergonomia, já cadastrado na vara trabalhista, para fazer uma perícia dessa ação. Nesse caso é importante ser 100% imparcial, sem favorecer nenhum dos lados, com um olhar estritamente técnico para auxiliar o juiz na decisão.

 

7 – Gestão de ergonomia 

Ela é, geralmente, o próximo passo depois da realização de uma Análise Ergonômica, onde é criado um plano de gestão para reduzir ou eliminar os riscos encontrados durante a AET. O ideal é que a empresa contrate o serviço de AET e também a gestão em ergonomia, para que o profissional possa auxiliar em todos os passos da implementação das melhorias ergonômicas sugeridas na análise ergonômica. Com a chegada da nova NR-01, que conta com o GRO e o PGR, essa realidade está cada vez mais próxima, já que eles são programas que propõem justamente o gerenciamento de riscos ocupacionais, incluindo os ergonômicos.

 

8 – Projeto ergonômico/ergonomia de concepção

Toda vez que uma empresa precisa criar um setor novo ou posto de trabalho, substituir mobiliários, trocar o sistema de iluminação, mudar o layout, o ideal é que ela contrate também um profissional da ergonomia, para que esse projeto saia ergonomicamente correto.

Recentemente eu participei de um projeto de concepção. A empresa me contratou para atuar junto a arquiteta em um novo projeto de iluminação, já que eles haviam feito uma AET prévia e viram que a iluminação estava inadequada. Eu auxiliei na escolha das lâmpadas, nos testes, na medição do LUX e foi muito interessante. Assim o projeto de iluminação saiu ergonomicamente correto e já contemplando a norma NHO-11 de iluminação que é exigida na NR-17.

 

9 – Laudo Ergonômico 

De forma resumida, o laudo ergonômico é tudo que não é uma Análise Ergonômica do Trabalho. Toda vez que temos algum estudo que não é uma AET (algo completo, com todas as fases), geralmente consideramos como um laudo ergonômico.

Vamos considerar o exemplo acima, onde atuei na concepção do projeto de iluminação. Nesse trabalho, eu emiti um laudo ergonômico de luminância para a empresa, pois não foi uma AET completa.

Quando uma empresa nos contrata, por exemplo, para avaliar um mobiliário que é utilizado, é emitido um laudo ergonômico de mobiliários. Quando há uma solicitação para avaliar a concepção ergonômica de um produto, como um mouse, por exemplo, você irá analisá-lo e emitir um laudo ergonômico de produto. Esses são exemplos de serviços dentro de laudos ergonômicos que se diferenciam de uma AET.

10 – Ginástica Laboral 

Vale reforçar que a ginástica laboral só pode ser ministrada por fisioterapeutas ou profissionais de Educação Física. Se você é um profissional de ergonomia que possui uma consultoria, mas não tem essas formações e mesmo assim quer oferecer esse serviço, é possível contratar um profissional que possa ministrá-lo.

Existe a possibilidade de oferecer um programa contínuo de ginástica laboral, algumas vezes por semana ou como um serviço de forma pontual, de acordo com as datas que mencionamos no início do texto, como a SIPAT. Esse serviço pontual pode ser a porta de entrada para virar algo contínuo.

 

11 – Quick Massage

A quick massage pode ser realizada por fisioterapeutas, massoterapeutas e esteticistas. Em 2019, a minha empresa, a Soluções Ergonômicas, atendeu 29 empresas em eventos corporativos com quick massage. Da mesma forma que a ginástica laboral, os atendimentos pontuais podem ser ganchos para um serviço contínuo, um programa de Quick Massage.

Fique atento a datas como dia dos pais, dia das mães, dia dos professores, festa de fim de ano da empresa, dia do corretor, dia do trabalhador, dia do motorista, SIPAT, Semana da Saúde, dia do enfermeiro. São muitas datas comemorativas onde é possível entregar um serviço que será visto como um diferencial pelo funcionário.

 

12 – Programas de qualidade de  vida 

É possível oferecer oficinas de yoga, pilates e mindfulness, que são ótimos para a redução da carga mental e do estresse. Inclusive, é indicado fazer coletas de dados do antes e depois da implantação desses programas, justamente para acompanhar as mudanças e mostrar os resultados para as empresas. Vale lembrar que quem pode ministrar esses serviços são fisioterapeutas, profissionais de educação física e profissionais da dança.

 

13 – Ergonomia e acessibilidade 

Hoje vemos que as empresas estão começando a olhar com mais atenção para a acessibilidade. Muitas vezes os profissionais que estão mais aptos a lidar com isso são os profissionais da ergonomia, como engenheiros e fisioterapeutas, embora ainda existam poucos que atuam com o tema. Caso tenha interesse em entender mais sobre o assunto, vale conferir a norma regulamentadora ABNT NBR 9050. Ela é gratuita e pode ser encontrada facilmente no Google.

 

14 – Ergonomia no GRO e no PGR 

O Gerenciamento de Riscos Ocupacionais (GRO) e o Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR), que virão com a nova NR-01, representam ótimas oportunidades de trabalho, já que também irão englobar questões de ergonomia.

 

A ergonomia é repleta de oportunidades. Não se esqueça que todos esses serviços são complementares e não substituem uma boa AET, que deveria estar sempre em primeiro plano para nortear todas as outras ações.

 

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Por Debora Dengo

Debora Dengo é formada em Fisioterapia com especialização em Ergonomia, Auditoria e Saúde do Trabalhador pela Universidade Positivo, atua há 7 anos com Ergonomia e Saúde do Trabalhador em dezenas de empresas. Possui Formação técnica e cursos pela EPM – International Ergonomics School e Escola Ocra Brasiliana em Check List Ocra, Niosh by Ocra, Ciclos Longos e Alta Precisão e MAPHO. Além de outras ferramentas de análise de risco ergonômico. Tendo total domínio de todas as ABNT NBR ISO de Ergonomia e Normas Regulamentadoras de Ergonomia. Também é mentora de centenas de ergonomistas por todo o Brasil ensinando em suas mentorias como realizar Análises Ergonômicas do Trabalho nas empresas.

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© 2020 Soluções Ergonômicas – CNPJ: 30.031.016/0001-22

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