Muitas vezes, quando uma empresa precisa fazer uma Análise Ergonômica do Trabalho (AET), ela opta, seja por questões financeiras ou até mesmo desconhecimento, por fazer apenas a análise de uma de suas unidades, mas que valha para a empresa como um todo. Entretanto, esse aproveitamento do trabalho é praticamente impossível, visto que os ambientes são muito diferentes e diversos fatores implicam no resultado final deste tipo de avaliação.
Quando falamos de diferentes filiais de uma mesma companhia, o mobiliário pode ser o mesmo, mas a questão organizacional provavelmente é diferente, assim como fatores psicossociais e cognitivos, além dos ambientais. Basta imaginarmos um caso simples: como uma análise ambiental realizada no Sul do Brasil vai ser a mesma de uma filial no Rio de Janeiro, por exemplo? Impossível. Temperatura, conforto térmico, umidade relativa do ar, velocidade do ar, tudo muda de uma região para outra.
Nesses momentos, o papel do ergonomista é mostrar para o cliente que é importante fazer a AET de todos os ambientes da companhia por várias questões, mas duas principais:
– Questão legal: se um fiscal do trabalho perceber que uma análise foi feita à distância ou que através de uma filial você representou toda a empresa, isso será um problema para todos os envolvidos, tanto o cliente quanto o ergonomista;
– Questão da qualidade de trabalho prestado: Ao identificar um possível problema, algum possível risco ergonômico, em áreas e setores diferentes, o ergonomista poderá propor a melhor solução e visão ergonômica para o caso de forma específica;
Realmente não é fácil convencer o cliente, pois muitos já contam com um orçamento fechado e não estão dispostos a fazer mudanças. Mas é importante sempre lembrar que a Análise Ergonômica é um documento vitalício. Um colaborador pode ter uma doença ocupacional daqui a 20 anos e se a empresa tiver esse histórico, a sua análise feita no passado ainda vai estar valendo, portanto o seu nome, sua imagem e ética sempre estarão em jogo.
Caso o cliente realmente não mude de ideia, o mais aconselhável é não aceitar o trabalho, deixando as portas abertas e a sua agenda disponível para outros clientes que, sem dúvida, irão topar vestir a camisa da ergonomia com você!
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