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O que a universalidade não te ensina sobre Ergonomia

4 de maio de 2021Por Debora Dengo0

Dedicar um tempo para os estudos e especializações é algo que deve fazer parte da vida profissional de todos, em qualquer fase da carreira, afinal, a gente nunca para de aprender. E embora a área acadêmica seja muito importante e tenha grande valor, é importante saber o que você não irá aprender nos cursos de graduação, pós-graduação, mestrado ou doutorado, por exemplo, para alinhar a sua expectativa na ergonomia.

A universidade de forma geral não contempla a parte prática da ergonomia e acaba muito concentrada na teoria. Eu mesma já passei por isso como aluna, ao entrar no mercado de trabalho com várias falhas e lacunas. Através dos mais de 700 alunos dos meus cursos online de ergonomia, também recebo diversos relatos de que, mesmo com pós-graduação e especializações, eles enfrentam dificuldades para realizarem análises ergonômicas. Além disso, eu sou docente e conheço a grade curricular ensinada.

É por isso que neste artigo vou compartilhar os cinco tópicos principais que um aluno NÃO APRENDE na universidade:

 

1 – Fazer uma análise ergonômica do trabalho 

Na prática, os cursos não ensinam isso. A maioria dos alunos que saem da universidade não sabem fazer uma análise ergonômica do trabalho, que é o básico da ergonomia.

Um dos motivos é que a maioria dos professores não atua na prática, o que acaba sendo comum, afinal um professor de ensino superior muitas vezes é muito focado no meio acadêmico, estando fora do mercado de trabalho da ergonomia. Isso não é algo errado, é uma escolha profissional do professor, mas acaba interferindo no aprendizado prático dos alunos.

Também encontramos casos de professores que atuam na profissão, através de consultorias próprias, mas têm medo de compartilhar conhecimento e formar profissionais bem preparados, que serão seus concorrentes. Infelizmente isso é mais comum do que pensamos, sendo algo que já aconteceu comigo e que os próprios alunos percebem e relatam.

Todo profissional iniciante precisa de alguém que mostre o passo a passo de uma análise ergonômica, que o ensine como funciona o básico da profissão, que compartilhe um modelo de AET para se basear e iniciar na carreira. Assim, com a prática e conforme ganhar mais experiência, poderá aprimorar e até estruturar um outro modelo que seja melhor para ele.

Por isso, considero importante fazer cursos práticos com quem atua no mercado de ergonomia. E claro, antes de investir, pesquise sobre o professor, busque opiniões de antigos alunos, veja avaliações. Não desperdice seu dinheiro e lembre-se que ao buscar um curso pelo preço, o barato pode sair caro.

O Treinamento MDD, onde eu ensino meu método de Análise Ergonômica do Trabalho, é exatamente um curso prático, que irá te ensinar do zero até a entrega de uma AET na prática. Para entrar na lista de espera e ser avisado quando abrirem novas turmas é só clicar aqui!  

 

2 – Coleta de dados 

Na universidade, o aluno aprende que deve usar determinada ferramenta para analisar um fator de risco ergonômico, como por exemplo, aplicar NIOSH para avaliar manuseio de carga. Aprendemos que medidas são necessárias, como inseri-las na ferramenta, mas ninguém ensina como fazer a coleta, buscar os dados, com quem falar e em que momento devemos buscar essas informações, no início do trabalho ou no final?

São muitas dúvidas que ficam soltas e por isso é sempre importante que os alunos exponham suas dúvidas, pois muitas vezes o professor parte do princípio que todos dominam aquele tema que ele está explicando. Por isso, não tenha vergonha de perguntar.

Em todo caso, para quem busca saber mais sobre como fazer uma coleta de dados inteligente e assertiva, eu tenho um artigo completo sobre o tema, com dicas valiosas. Não deixe de conferir.

 

3 – Como solucionar problemas de ergonomia 

No universo acadêmico, os professores ensinam como encontrar um risco – com uso de ferramentas, checklists – mas não ensinam como solucionar esse risco. Porém, em uma análise ergonômica bem feita, devemos trazer soluções e não apenas apontar os problemas.

Se você, como profissional de ergonomia, encontrou um risco ergonômico em sua AET, é necessário apresentar uma sugestão para solucioná-lo. É isso que o cliente espera de um bom profissional.

Neste artigo, você pode conferir como implementar soluções ergonômicas assertivas em suas análises.

 

4 – Qual postura ter com o cliente

O cliente que procura os serviços de um profissional de ergonomia geralmente é uma empresa, mas quem entra em contato para a contratação pode ser um técnico de segurança, um colaborador do RH, do departamento financeiro ou compras, um membro da diretoria, donos de pequenas empresas ou algum integrante do SESMT. Para cada uma dessas pessoas, de acordo com a dor do cliente, você deve ter uma postura e saber o seu papel, porém isso também não é ensinado na academia.

Quando entrei no mercado de trabalho, eu tinha uma postura de fiscal. Só apontava erros, criticava, tratava tudo como culpa da empresa, partindo do princípio que todos conheciam sobre ergonomia, preparando laudos extremamente negativos. O que a empresa tinha de positivo, de medidas de controle, o que funcionava bem, eu não incluía na minha análise. Isso porque eu nunca aprendi, nem na faculdade nem em cursos, o que deveria ser feito de fato.

Com a prática, eu passei a entender o meu papel como ergonomista nessas empresas, que era muito mais do que apontar problemas e sim trazer soluções. Ajudar os trabalhadores e também os próprios empresários, que muitas vezes se sentem perdidos sobre o que precisam fazer para melhorar a realidade de seu negócio. Portanto, não seja mais um problema e sim uma solução.

Toda AET deve sim apontar os riscos e fatores de risco encontrados, mas é importante também propor sugestões de melhoria para esses riscos ergonômicos, bem como um cronograma de ações. É necessário incluir também o que existe de positivo, as medidas de controle implementadas, o que não é um risco.  Afinal, a análise ergonômica representa a realidade da empresa, então não devemos omitir o que está errado nem o que está certo.

É preciso entender que estamos ali para ajudar e não para julgar. Entenda a realidade da empresa e dos trabalhadores, preste atenção no que os colaboradores têm a dizer, esteja presente. Ao encontrar um risco ergonômico, saiba que é preciso agir na raiz do problema e proponha soluções ergonômicas específicas e não generalistas.

Qual é o seu papel na ergonomia? Reflita sobre isso. O que você faz, quem você ajuda, quais são os profissionais que te buscam e porque eles te procuram.  Essas respostas irão nortear o seu trabalho.

 

 

5 –  A parte comercial da ergonomia 

A universidade não prepara o aluno para empreender e sim para ter um emprego após conquistar o diploma. Na universidade, ninguém aprende a prospectar clientes na ergonomia, como fazer uma proposta comercial, como elaborar contrato, como negociar serviços com o cliente, como e quanto cobrar por serviços de ergonomia.

É importante entender o que queremos antes de realizar algumas escolhas. O mestrado e o doutorado, por exemplo, te preparam para o mundo acadêmico, e não para o mundo comercial da ergonomia, mas isso não quer dizer que quem tem alguma dessas especializações seja um melhor profissional de ergonomia. É preciso pensar: o que você quer para o futuro? Ser professor? Ser um profissional CLT? Ser um empreendedor e comandar seu próprio negócio? A partir daí você pode buscar o que melhor atende suas necessidades.

Quem pensa em abrir a própria consultoria para começar a trabalhar, pode investir em cursos de empreendedorismo ou administração, que não são voltados exclusivamente para ergonomia, para aprender sobre essa parte comercial. Outra opção mais direcionada é a minha Mentoria para Novos Negócios em Ergonomia, onde ensino o passo a passo para abrir um negócio do zero,  como prospectar clientes, elaborar contratos, como precificar os serviços e muito mais.

 

Me conte nos comentários? Você sentiu falta da prática durante seus estudos acadêmicos? Como foi sua experiência?

Quer estudar e aprender mais sobre ergonomia em vídeos também? Se inscreva no meu canal no YouTube e não perca nenhum conteúdo! É só clicar aqui. Você também pode acompanhar e receber muita informação no meu canal do Telegram: https://t.me/deboradengo

 

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Por Debora Dengo

Debora Dengo é formada em Fisioterapia com especialização em Ergonomia, Auditoria e Saúde do Trabalhador pela Universidade Positivo, atua há 7 anos com Ergonomia e Saúde do Trabalhador em dezenas de empresas. Possui Formação técnica e cursos pela EPM – International Ergonomics School e Escola Ocra Brasiliana em Check List Ocra, Niosh by Ocra, Ciclos Longos e Alta Precisão e MAPHO. Além de outras ferramentas de análise de risco ergonômico. Tendo total domínio de todas as ABNT NBR ISO de Ergonomia e Normas Regulamentadoras de Ergonomia. Também é mentora de centenas de ergonomistas por todo o Brasil ensinando em suas mentorias como realizar Análises Ergonômicas do Trabalho nas empresas.

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© 2020 Soluções Ergonômicas – CNPJ: 30.031.016/0001-22

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