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Descubra a diferença entre tarefa e atividade

29 de outubro de 2020Por Debora Dengo0

Tarefa e atividade são conceitos diferentes e complementares, fundamentais para o trabalho do ergonomista. Ainda assim, a diferença entre uma e outra é uma dúvida muito comum de vários profissionais e é isso que vamos explicar no texto abaixo.

Basicamente, a tarefa é o que está prescrito para o trabalhador fazer. É algo que está documentado no papel, em uma ordem de serviço e costuma ser mais geral. Já a atividade é o que o trabalhador realmente faz. Enquanto a tarefa é mais generalizado, na atividade entram os detalhes de tudo que é feito. Outra forma de pensar que facilita muito o entendimento é lembrar que a tarefa é o objetivo que eu quero alcançar e as atividades são as etapas que eu preciso seguir para chegar ao meu objetivo final.

Muitas vezes a tarefa prescrita é tirada de uma ordem de serviço, o que não é ideal, já que ela costuma ser muito genérica e nem sempre condiz com a realidade. Por isso precisamos saber de fato o que o trabalhador faz, a atividade em si. A tarefa prescrita também precisa ser conhecida, mas em uma Análise Ergonômica do Trabalho (AET) é preciso analisar a atividade, por que ela é o que o funcionário executa de fato.

 

Imprevistos acontecem em toda atividade 

O cenário ideal é que a tarefa prescrita se aproxime muito das atividades, só que nem sempre isso acontece. Vamos tomar como exemplo a história do João, um auxiliar de serviços gerais. Uma das tarefas prescritas para ele é executar a limpeza do quintal. Como já falamos, para limpar o quintal é preciso realizar várias atividades, que são as tarefas reais.

A primeira atividade é buscar os equipamentos necessários para realizar a limpeza. Depois ele pode varrer, recolher o lixo, juntar as folhas e jogar as folhas no lixo orgânico. Mas durante essa rotina podem acontecer imprevistos, que não estão na tarefa prescrita. Por exemplo, ao jogar as folhas fora, ele constata que o saco de lixo acabou e precisa buscar o material no estoque.

Vamos supor que esse estoque é mal projetado ergonomicamente e quando João vai buscar o objeto, ele está numa altura de 1,75 m, dentro de uma caixa que pesa nove quilos. Essa é uma situação eventual que aconteceu em um dia de trabalho, mas que pode causar um dano, que pode ser um risco. E isso só é possível de descobrir através da Análise Ergonômica das atividades, ou, da tarefa real.

Toda atividade esconde imprevistos que só com uma boa análise podemos perceber. E às vezes o risco ergonômico pode estar justamente aí, onde a tarefa prescrita não nos mostra. Por isso a atividade deve ser sempre analisada. Situações que acontecem raramente não são passíveis de causar uma doença, mas quando se trata de carga, como no exemplo de João, sabemos que um ou poucos eventos já podem lesionar.

 

Atividades muito diferentes da tarefa prescrita

É preciso ter atenção quando encontramos atividades muito diferentes da tarefa prescrita, pois pode ser considerado um desvio de função, o que já entra em uma esfera trabalhista. Nesses casos é preciso orientar a empresa para que ela atualize a tarefa prescrita, que pode ser muito antiga, sendo recomendável que se realize uma atualização junto ao RH. Se o funcionário estiver de fato realizando atividades de uma outra função, talvez seja o caso de atualizar o seu cargo registrado na carteira.

Às vezes a descrição da tarefa vem do CBO (Código Brasileiro de Ocupações), que é muito genérico, já que funciona para atender todas as empresas. Porém cada companhia é única com seus processos, necessidades e particularidades. Por isso é sempre bom revisar a tarefa prescrita para checar se ela está condizente com a tarefa real.

Algo que também pode acontecer é descobrir que a empresa não possui nenhuma tarefa prescrita quando realizamos uma AET, ou seja, ela não possui nenhum documento que evidencia a prescrição das tarefas dos trabalhadores. Nesse caso, é possível fazermos a descrição através da Análise Ergonômica, o que gera um documento bem completo e muito próximo da tarefa real, já que o ergonomista conhece os processos, etapas e objetivos finais.

De qualquer forma, é sempre muito importante que o trabalhador saiba tudo que ele precisa fazer no seu dia a dia de trabalho, assim ele será mais eficiente e pró-ativo. Quando essa descrição clara da tarefa não existe, muitas vezes o colaborador pode se sentir perdido, principalmente se ele for novo na empresa. Vale sempre estar atento para garantir uma comunicação eficaz entre a organização e o trabalhador.

 

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Por Debora Dengo

Debora Dengo é formada em Fisioterapia com especialização em Ergonomia, Auditoria e Saúde do Trabalhador pela Universidade Positivo, atua há 7 anos com Ergonomia e Saúde do Trabalhador em dezenas de empresas. Possui Formação técnica e cursos pela EPM – International Ergonomics School e Escola Ocra Brasiliana em Check List Ocra, Niosh by Ocra, Ciclos Longos e Alta Precisão e MAPHO. Além de outras ferramentas de análise de risco ergonômico. Tendo total domínio de todas as ABNT NBR ISO de Ergonomia e Normas Regulamentadoras de Ergonomia. Também é mentora de centenas de ergonomistas por todo o Brasil ensinando em suas mentorias como realizar Análises Ergonômicas do Trabalho nas empresas.

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© 2020 Soluções Ergonômicas – CNPJ: 30.031.016/0001-22

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