fbpx
 

FACILITADORES EM UMA ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO

2 de abril de 2021Por Debora Dengo0

É muito importante ter facilitadores quando realizamos uma Análise Ergonômica do Trabalho, pois estamos falando aqui de um documento longo e elaborado. Uma AET é um laudo técnico e complexo, por isso essas ações ajudam a otimizar o trabalho. Caso contrário, podemos nos sentir perdidos com tanta informação, não dar conta do prazo ou até mesmo não conseguir finalizar a AET.

Vale lembrar que facilitador não é deixar de fazer, negligenciar ou pular etapas. São simplesmente otimizações de processos, que vão ajudar a melhorar ainda mais sua atuação. Neste texto, irei abordar facilitadores para uma Análise Ergonômica do ponto de vista técnico, logístico e também operacional.

São eles:

1 – Ter um processo de Análise Ergonômica do Trabalho

Basicamente é ter uma estrutura, um método pré-pronto, para não precisar começar do zero em cada nova análise que precisar fazer. Esse processo já estabelecido também é algo que vai te guiar nas etapas de uma AET. Sabemos que ergonomia não é algo engessado, que definitivamente não é um “copiar e colar”, mas esse método nos norteia sobre onde estamos no momento, o que acabamos de fazer e a ter uma clareza dos próximos passos.

É possível estruturar seu próprio método ou estudar e aplicar um processo já criado por um profissional, como os meus alunos do Treinamento MDD, por exemplo, que utilizam método desenvolvido por mim.

 

2 – Agendar as entrevistas 

Muitas vezes, os profissionais de ergonomia vão direto ao setor da empresa e resolvem coletar as informações naquele momento, sem se preparar e marcar um horário prévio. Isso é ruim, pois o funcionário pode estar atarefado, com prazos apertados, preocupado com o trabalho que precisa entregar. Assim, ele não consegue conversar direito e as respostas não são tão eficientes para a sua análise.

Sempre que iniciar um processo de análise ergonômica em uma empresa, faça uma reunião inicial com os envolvidos, que são os seus contatos no cliente (seja o RH, um técnico de segurança, alguém do SESMT, etc). Neste momento, com a ajuda da equipe multidisciplinar da reunião, você seleciona quem irá participar das entrevistas (os representantes dos cargos analisados) e já consegue saber o melhor horário de cada profissional, como flui a rotina do dia de cada um. Assim, é possível organizar sua agenda de acordo com o melhor horário que cada trabalhador pode se ausentar do setor, para realizar a entrevista de maneira focada e direcionada.

Além do benefício de ter um momento de conversa com o trabalhador para entender a rotina do dia a dia de trabalho, é que durante a entrevista, o próprio trabalhador vai te guiando sobre os perigos em ergonomia existentes (fatores de riscos ergonômicos). E é em cima dos fatores de riscos existentes que vamos direcionar o nosso olhar durante as coletas de dados lá no setor, para posteriormente realizar a tabulação e análise dos dados para chegar ao diagnóstico de presença ou ausência de risco ergonômico.

Uma dica para ficar atento: se durante a tentativa de marcar as entrevistas, você percebe algum trabalhador que nunca tem disponibilidade de tempo ou mesmo durante a conversa ele não consegue se desconectar do trabalho, isso pode ser um indicativo de um ritmo de trabalho alto.  Alguns sinais aparecem antes mesmo da entrevista.

 

3 – Realizar as entrevistas no seu computador 

Quando comecei a atuar, eu fazia entrevistas, coletas e formulários à mão, na prancheta, para depois reler tudo e passar para o computador. Isso é um grande retrabalho, pois você perde tempo colocando tudo no papel, relendo e depois digitando as mesmas informações que já tinha. O ideal é já realizar a entrevista direto em um notebook, dentro da sua estrutura de AET que vimos no tópico 1, para otimizar seu tempo. Você evita o retrabalho e ainda consegue validar as informações que o funcionário está te passando em tempo real.

É importante perceber que um facilitador completa o outro. O uso do notebook só será realmente eficaz se você já tiver um método de AET pronto, para ir compilando todos os dados, caso contrário, você terá o mesmo retrabalho de sempre.

Claro que existem situações peculiares, em que é preciso que um grupo grande preencha um formulário de respostas, por exemplo, e acabamos lançando mão do papel. Mas mesmo nesses casos, vale verificar se é possível utilizar o Google Forms, por exemplo, que permite o preenchimento de forma digital, gera gráficos e é atualizado em tempo real, sendo muito mais prático.

 4 – Ter formulários de coleta 

  No momento em que você inicia a coleta de dados na empresa, se não tiver nenhum guia, a chance de esquecer de coletar informações importantes ou até mesmo coletar em excesso informações desnecessárias, é grande. Por isso, sempre leve seus formulários de coleta, que poderão te guiar para que nada fique de fora.

Porém, não é preciso utilizar sempre e sim nas situações mais complexas, que exigem muitas informações. O NIOSH, por exemplo, usado para avaliação de manuseio manual de cargas,  demanda muitas variáveis para coletar: peso, altura, angulação de tronco, frequência, duração da jornada,  altura de pega, altura de entrega, distância horizontal da pega e tipo de pega. São muitos dados e a chance de esquecer alguma coisa é grande. E nada é pior do que chegar no momento de computar todas as informações na sua análise e perceber que esqueceu de coletar algo. Por isso, nesses casos, em coletas que exigem muitas variáveis, é imprescindível levar consigo formulários de coleta.

Uma opção prática para a coleta é levar todos os formulários em uma prancheta, que possa pendurar no ombro através de um cordão. Assim, você pode andar pela empresa com as mãos livres, e já com todos os formulários necessários reunidos.

 

5 – Só formatar a análise quando terminar 

Muitos profissionais de ergonomia, até por serem perfeccionistas, param diversas vezes durante a análise ergonômica para formatar o documento de análise enquanto ainda estão inserindo informações e dados. Isso é algo que toma tempo. Se concentre em incluir todas as informações, inserir tudo que precisa e só formate a análise ergonômica no final, quando ela já estiver pronta com relação ao conteúdo. Dessa forma, você perde menos tempo e consegue focar no que precisa fazer de forma mais objetiva.

Para quem trabalha com prazos, tempo é dinheiro. Saber se organizar para otimizar sua rotina profissional fará com que você perca menos tempo e assim possa ganhar mais dinheiro atendendo mais clientes.

 

6 – Roupagem adequada para a sua AET

Use um colete com bolsos grandes e de preferência refletor, para sua segurança, quando for realizar uma coleta. Isso vai facilitar que você guarde os objetos como câmera, celular, equipamento de medição ambiental, luxímetro, dosímetro, trena, etc, que são essenciais para o trabalho. Muitas vezes, quando paramos em um setor para realizar uma medição, acabamos deixando para trás algum item, por isso pode ser interessante também já destinar bolsos para cada um deles, assim é mais fácil perceber se está esquecendo algo.

Reunindo essas pequenas ações, conseguimos executar um trabalho de excelência e que não seja tão penoso, pois muitos desses detalhes desviam nosso foco. Se você não utiliza nenhum dos itens citados acima, inevitavelmente uma hora ou outra irá gastar energia e tempo com outras ações, como procurar seus equipamentos, reorganizar e digitar entrevistas, correr atrás de um dado que faltou. Quando você adota os facilitadores, traz mais tranquilidade para a sua mente, te poupa tempo, energia e facilita muito seu trabalho.

 

Você já utiliza algum desses facilitadores em sua rotina? Me conte nos comentários.

Quer estudar e aprender mais sobre ergonomia em vídeos também? Se inscreva no meu canal no YouTube e não perca nenhum conteúdo! É só clicar aqui. Você também pode acompanhar e receber muita informação no meu canal do Telegram: https://t.me/deboradengo

Conheça também nosso treinamento de passo a passo de Análise Ergonômica do Trabalho clicando aqui. Ao se cadastrar na lista de espera você receberá todas as informações sobre o treinamento no e-mail cadastrado =]

Facebook Comentários

Por Debora Dengo

Debora Dengo é formada em Fisioterapia com especialização em Ergonomia, Auditoria e Saúde do Trabalhador pela Universidade Positivo, atua há 7 anos com Ergonomia e Saúde do Trabalhador em dezenas de empresas. Possui Formação técnica e cursos pela EPM – International Ergonomics School e Escola Ocra Brasiliana em Check List Ocra, Niosh by Ocra, Ciclos Longos e Alta Precisão e MAPHO. Além de outras ferramentas de análise de risco ergonômico. Tendo total domínio de todas as ABNT NBR ISO de Ergonomia e Normas Regulamentadoras de Ergonomia. Também é mentora de centenas de ergonomistas por todo o Brasil ensinando em suas mentorias como realizar Análises Ergonômicas do Trabalho nas empresas.

Facebook Comentários
https://solucoesergonomicas.com.br/wp-content/uploads/2020/08/Footer.png
SIGA-NOSRedes Sociais
Confira nossas redes sociais e fique por dentro de todas as novidades e ofertas exclusivas.
https://solucoesergonomicas.com.br/wp-content/uploads/2020/08/Footer.png
ACESSEInformações
SIGA-NOSRedes Sociais
Confira nossas redes sociais e fique por dentro de todas as novidades e ofertas exclusivas.

© 2020 Soluções Ergonômicas – CNPJ: 30.031.016/0001-22

© 2020 Soluções Ergonômicas – CNPJ: 30.031.016/0001-22

Facebook Comentários